Sua pele tornara-se morbidamente frígida
O medo silenciava todos os quartos vazios
E eu, sedento por aqueles lábios macios,
Rompia aos poucos aquela alma rígida.
A morte, com o tempo, já não me excitava
Devaneava o futuro em minha loucura,
Extasiado naquele sorriso cor de ternura
Tamanha excelência sutilmente me alucinava.
E com o contorcer dos ponteiros do tempo
Minha mente se retorcia naquele novo engano
Porém, amá-la seria meu derradeiro alento.
Singelo e sem culpa era meu encanto
Que no sabor da luxúria, doce e profano,
Cerrava aos poucos um longo pranto.
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