terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Minha Pequena

Devora-me friamente com teus lábios mortificados
Faça-me sofrer com esses calorosos abraços
Se por acaso eu correr, que corras atrás de mim
Usa tuas unhas e deixa-me coberto por traços.

Se quiser, utiliza-me como tabuleiro de xadrez
Serei até algum tipo de brinquedo ou jogo particular
Deixa-me atrás da porta ou ao lado do criado mudo
Chama-me, se por ventura quiseres brincar.

Não quero que me vejas como um singelo escravo
Desejo somente pela manhã admirar o teu sorriso,
E ao anoitecer contigo observar o majestoso luar
Estar ao teu lado tornará meu existir menos indeciso.

E que o teu aroma doce invada os meus sentidos
Quero deleitar-me com esse odor que me envena
Ajoelho aos teus pés por mais alguns instantes,
Peço-lhe agora que sejas a minha pequena.