sábado, 1 de maio de 2010

Vício

Pela janela da sala ouve-se uma estranha voz,
Algum nobre desalmado que pela rua canta
Tem o tom rasante como o vôo do albatroz
E assim como aquela moça, a todos encanta.

Ironia encarnada em verdes cores
Dizem ser da beleza a personificação
A Lua e o Sol espalham rumores
De que seja ela uma nova interrogação.

Segredos ocultos de forma meticulosa,
Aparentam escritura em idioma fenício
E enquanto decifro sua alma misteriosa 
Descubro que observá-la tornou-se um vício.

A Bela dos meus sonhos

Existência em simplicidade magistral
Com a candura que nunca havia visto
Tem essência da qual eu necessito,
Essência que deixa meu coração confuso.

Não exita em usar suas artimanhas
Sabe bem como deixar um amásio louco
E comigo precisou ela de muito pouco,
Seu tom sarcástico, algo fantástico.

Mas se cura meu mal acaso tiver
Por favor, me encondam a verdade
Prefiro sobreviver de insanidade.

Pois apenas nos sonhos eu a alcanço
Ela mora distante, em outro mundo,
E só posso tocá-la em sono profundo.