sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Doce Obsessão

Cândida como costumeiramente são os anjos
Toque macio e suave como o de qualquer flor
Coração bondoso há de ser outro de seus encantos
Irradia doçura à sua volta com extremo primor.

Formosa! Assim o melhor modo de definí-la
Esculpida à mão pelo brilhante Criador
Bem mais que uma simples escultura de argila
Mistura homogênea de inocência e ardor.

E assim tudo começou a fazer sentindo
Amar finalmente deixou de doer
Sofrer? Algo que não mais iria acontecer.

E assim nasceu a minha doce obsessão
Criada com o excêntrico intuito de me confundir
Mas que no meu peito nunca deixará de residir.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Uma Garota Qualquer


Apenas um olhar qualquer,
Qualquer adjetivo que não seja singular
Pintado em tons cor de ternura
Desvendá-lo é minha grande aventura.

Apenas um par de lábios comum
Mal sabe ela o quanto os desejo
Finge que me odeia, diz que não me quer,
Porém há sede em si pelo meu beijo.

Intransponível à muito não é mais
Nem me ignora assim com tanta frequência
Até o gelo às vezes sente carência.

Percebeu (finalmente) o quão pode ser feliz
Deixou o velho livro somente na memória
Hoje escreve à lápis sua própria história.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Coração de Poeta

Disse ela não querer se casar
Prefere pelo céu correr, viajar, se divertir
Dormir ao relento, em qualquer lugar
Conta estrelas e sonhos para se distrair.

Já o pobre poeta pensa mesmo em namorar

Até viajaria, mas somente à dois
Pensa pouco no agora e muito no depois
Talvez devesse começar a vadiar.

Vivendo cada um em um planeta diferente

Ele tão seguro de si, protegido atrás do muro
Ela com sua boca ardente, quase indecente.

Vivendo cada um de modo intransigente

Ele é tímido, ela nunca discreta
Avisem-na que seu amor será do poeta.