E como o rio morre no
mar, tudo tem fim
Tudo o que é vivo há
de um dia padecer
O coração que apanha
não há mais de sofrer
Desmancha-se aos
poucos a branca rosa de cetim.
Aquele sorriso, antes
tão grande e vivo,
Não há de ser visto
nunca mais
Deu-se fim àqueles
inúteis sentimentos banais
De que serve o amor
se não como um abortivo?
E com o brilho, a luz
e a esperança, morre o poeta
Fora pisoteado como
uma indefesa serpente
Enterrado será em
qualquer lugar, como indigente.
E nestes singelos
versos finda-se todo um esquema
O hábito de anos que
se encerra
O último erro, a
última dor... O último poema.
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