sábado, 4 de maio de 2013

O Último Poema?


E como o rio morre no mar, tudo tem fim
Tudo o que é vivo há de um dia padecer
O coração que apanha não há mais de sofrer
Desmancha-se aos poucos a branca rosa de cetim.

Aquele sorriso, antes tão grande e vivo,
Não há de ser visto nunca mais
Deu-se fim àqueles inúteis sentimentos banais
De que serve o amor se não como um abortivo?

E com o brilho, a luz e a esperança, morre o poeta
Fora pisoteado como uma indefesa serpente
Enterrado será em qualquer lugar, como indigente.

E nestes singelos versos finda-se todo um esquema
O hábito de anos que se encerra
O último erro, a última dor... O último poema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário