Cresce rasteiro na calada da noite
Escondendo-se para, quem sabe, ser visto
Ainda mal descobrira o sujo e o indecente,
Mas em verso e sentimento já pode ser descrito.
Com o passar da aurora toma a alma
Agora é feito puramente de cobiça e desejo
Não mais se reconhece a doçura ou a calma
E a inocência, aparece apenas de lampejo.
A luxúria traz consigo o desgaste
Paixão torna-se uma insensatez descartável
No coração já não bate mais tão forte,
Nunca mais se recordara do inesquecível.
Morte agora se chama sinônimo
O peito nunca pulsará como pulsou antes
Substituir amor por dor agora é fenômeno
E o que tomava a alma, agora toma as estantes.