Pela janela da sala ouve-se uma estranha voz,
Algum nobre desalmado que pela rua canta
Tem o tom rasante como o vôo do albatroz
E assim como aquela moça, a todos encanta.
Ironia encarnada em verdes cores
Dizem ser da beleza a personificação
A Lua e o Sol espalham rumores
De que seja ela uma nova interrogação.
Segredos ocultos de forma meticulosa,
Aparentam escritura em idioma fenício
E enquanto decifro sua alma misteriosa
Descubro que observá-la tornou-se um vício.